terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vidro.

Transparentemente, mas perceptível ao toque,
Previa o corte,
Como vidro ao redor,
A beleza do extremo,
A clareza dos sentimentos,
Ao meu modo de ver...
Separados, liberto aos olhos,
Sem Deixar oculto, o outro lado,
Sem nada a esconder, transparentes atos revelados,
Na espessura fina,
Que nos mantinham lados opostos...
Como vidro frágil,
Seguíamos com medo das pedras nos atingirem,
No rachar de vez, toda a beleza,
Que refletíamos...
Na casa de vidros,
Que nos dois construímos,
No destroçar do coração...
Nos cacos restados,
De pura ilusão...
Como vidros em pedaços miúdos ao chão.


Rosana de Sá Lara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário