terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mãe

Mãe, não é a que julga, mas a que leva a voz ao coração,
Não só consola, mas carrega o lenço as mãos
Mãe, não é só perdão, mas entende,cala, consente,
Às vezes, nos mente,pra nos proteger
Mãe em qualquer situação.

Não só amiga, mas companheira de todas as horas,
Mãe chama atenção, se esbravece, depois, pede um beijo, esquece,
Mãe, abraça, afaga,
Esclarece não guarda mágoas,
Mãe, não só palavra, mas mulher, na hora exata.
Defende, enfrenta,
Resolve os problemas a frente,
Mãe, não só amor,
Também nos respeita a dor,
Mãe sorri,
Alimenta nossos sonhos, mantêm o bom humor...
Mãe de peito aberto,
Não só nas palavras, nos versos
No errado, no certo, sempre por perto,
Mãe na Fé, no jeitinho que se quer,
Na mulher que existe em meu ser...
Nos meus filhos que hoje, vejo crescer.

Rosana de Sá Lara.

Alma Poeta.

 Eu fui pequena, fui criança, subi em arvores, escalei paredes,
Andei descalço, corri, brinquei de circo, de palhaço,
Comi pipoca, tomei refrescos, tomei muito gelado...
Aprendi a dar sozinha, meu próprio laço,
Fui adolescente, fui esperta, matei aulas, fugi da escola,
Tive muitos namorados,
Levei broncas, aprendi,
Eu sou adulta, já cresci,
De fato hoje sei bem o que faço...
Já amei muito, já sofri,
Tive filhos,
Comprei minha casa, bordei toalhas, algumas almofadas,

Tive muita Fe, depois perdi, rezei novamente, acreditei,
Eu fui feliz algumas vezes,
Eu conquistei, depois perdi,
Lembrei algumas vezes, outras vezes esqueci,
Tive sonhos, muitos pesadelos,
Usei saltos altos, sapatilhas,
Chinelos de dedos,
Subi no telhado, cai, sobrevivi,
Mas hoje, eu sei com certeza,
 Jamais amei alguém como te amei,
Algumas flores plantei, outras colhi,
 E de todas as coisas que escrevi,
Em tudo que vivi,
Jamais perdi a alma poeta que existe em mim...

Rosana de Sá Lara 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tempo...

O tempo perguntou pro tempo,
Se havia tempo pra nós dois...
E porque todo tempo que perdemos ficou pra depois,
E se todo esse tempo,
Não foi desperdício,
Porque o tempo não parou?
Durante todo o tempo, em que restou em nós o amor,
Porque tanto tempo se passou,
E porque nesse tempo,
O tempo não voltou...
Porque de tempos em tempos,
Andamos, fugindo, do tempo
Em que nasceu o amor,
O tempo em o tempo, não existia pra nós dois,
Porque tanto tempo, pra aceitar os sentimentos?
Se o tempo muda a toda hora,
Será que agora, há tempo pra nos dois,
Esquecermos do tempo,
Em que perdemos tanto, tempo,
Longe do amor...

Rosana de Sá Lara

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Migalhas...

Não as migalhas do amor,
O depois de nós dois,
Os anseios, os medos, segredos.
A ilusão do amanhã,
A insegurança dos fatos. O caso por acaso,
O calar consentido,
A palavra fracasso,
O abraço escasso,
Não a falta de planos,
O adeus, ao abandono, ao puro engano,
Não ao não sei se te amo,
No deixar rolar,
Ao vamos ver o que vai dar,
Não, mas não mesmo,
Aos erros,
Não a nós mesmos...

Rosana de Sá Lara.
                         

Perfeito...

Você tão perfeito, tão especial,
Tão fora de si,
Envolvente
Premeditado em seus atos,
Você tão amável,
Declarado culpado,
Você tão ao meu lado,
Ocultando segredos,
Você sem medo,
Na madrugada da noite,
Nos meus braços,
Tão calado,
Nos beijos mais quentes de nós dois,
Você no olhar,
Sem pressa pra ir embora,
No infinito tempo de nós dois,
Nas palavras mentirosas mais doces,
Você só meu,
Você, no antes, no agora, e depois...

Rosana de Sá Lara.

Amores.

Eu andei por ai perdida,
Na cidade dos sonhos, onde casais faziam seus planos, declamavam amor eterno,
Alguns chinelos de dedos, camisetas rasgadas,
Outros de noite de ternos,
 Algumas mulheres seguram suas flores, algumas sacolas que seguravam nas mãos os seus amores,
Eu perdida apenas via,
Os amores de seus amores,
E sonhava com o dia, também eu ali,
O amor me seguiria se com  sacolas, ou flores,
Há quanto tempo eu andei, não sei
Perdida nos sonhos que carreguei,
No amor perdido que não achei, no tempo que tão perdida fiquei,
Perdida no tempo que amei...

Rosana de Sá Lara

Deus

Senhor meu Deus, meu senhor,
A ti me cabe a vida, os anos vividos,
As experiências, a dor,
Todo meu ser,
As escolhas, o caminho a que segui,
A família, que fiz,
As poucas conquistas,
Os amigos,
As pedras que tropecei,
As preces que rezei,
Tudo que sou,
A ti senhor te cabe,
Todo o meu amor...

Rosana de Sá Lara.

Flutua

Flutua em mim tua pele,
Teu gosto, teu cheiro,
O toque das mãos,
A tua face,
Teus olhos,
Teu calor,
Flutua em mim,
A luz,
O amor...
E tudo que nele flutua,
Ao redor de nós dois.
Flutua na praia os barcos, o horizonte,
O canto dos pássaros,
A nuvem,
O ar,
Meu jeito de te amar,
Flutua em mim teu querer,
Teu poder,
A conquista de agora,
Nós dois passo a passo...

Rosana de Sá Lara.

Buquê

O buquê simples que caia em mãos,
Era uma prova de amor de outro alguém,
De especial momento,
Quase caído aos pés, atirado ao ar,
Nem tantas rosas havia ali,
Algumas pétalas, eu perdi,
No rastro, da felicidade,
Nas fitas ao vento, que a prendiam,
O tão pequeno buque,
De relance, e tão der repente,
Caia a mim sem porque,
Então me veio a mente...
Você.
No toque do mais lindo Buquê.

Rosana de Sá Lara.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

amado.

amado...

Não pertence a mim teu coração,
Na aliança carregada a Mao,
No amor sem futuro certo,
O erro de nos dois ao passado,
O amante perfeito, e amado,
No destino o laço bem dado,
Não te posso seguir seus passos,
Nem tão pouco, todo tempo te estar ao lado,
Nem te poço chamar de namorado,
Nem tão pouco te deixar abandonado,
Então responde meu Deus o que faço,
Se não foi a mim, o amante, o acaso,
Seguiam-se a mim cada passo,
O caso sem começo, sem fim,
O tão amante amado...

Rosana de Sá Lara.

Que chorem as rosas...

Que chorem as rosas ao cair, de pétalas em pétalas ao chão,
Do amor deixado, a ilusão,
Dos sonhos da alma em vão
De tão repentina dor,
A declaração, as prosas, os versos,
Das lagrimas agora esquecidas,
 De mim, em pedaços, em resto,
Aquele único homem, que amei, levou com ele meu coração,
De pétalas em pétalas ao chão...
Que chorem as rosas agora,
No despertar do tempo,                                                                                                               
Não de dor,
Sim de amor, jamais ilusão.
Que chorem as rosas agora,
Nas pétalas brancas do amor...

Rosana de Sá Lara.

Batom

O tom do batom, rosa,
Marcava o contorno dos lábios,
Brilhava o desejo, a alma,
No meu mais lindo sorriso,
 O beijo, mas preciso,
A cor do batom, o amor,
O abraço se chamava saudade,
Dos contidos lábios o tom,
De rosa paixão, o aperto de mãos,
O mais puro tom,
Do batom nem tão caro assim,
O amor tão esperado por mim,
O tom que mais gosto,
Do gesto repentino,
Aposto,
Nem só tom, nem só batom, mas também amor...

Rosana de Sá Lara.

Borboleta azul

Borboleta azul, 
Com suas asas tremulas,
Na imensidão do céu, refletia com sua própria luz,
Entre tantas as outras a mais linda jamais vista antes,
Um azul tão profundo,
De asas cintilantes,
Circulavam a minha volta,
Leve, como plumas,
Parecia que Deus soprava-a para mim,
Podia-se ouvir o sussurro das asas,
Nas pétalas das flores mais belas,
Quase, quase toquei, nela, na borboleta azul do tempo.
Apagava de mim o momento,
No mundo mágico,
Do azul profundo,
Sem destino marcado,
Como um toque de DEUS...
A Borboleta azul do tempo...
Debatia-se ao vento,
Eu ali parada,no azul profundo da borboleta do tempo.

Rosana de Sá Lara.

Emudece-se

Não te reconheço nos teus gestos,
Na tua pele, no teu corpo,
Oculta a mim, o teu ser,
Emudece-se, em teu ser,
Não sei bem quem évocê.
Que sugeres por nos dois...
Que passado restou,
Por que eu, amor...
Porque não nós dois,
Porque deixar tudo para depois.

Rosana de sá Lara.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lagrimas.

Lagrimas, salgadas,
 Doces gotas de saudade...
Lagrimas de rosas,
Jorram, inundam,
Pequenas na alma,
Imensas na dor...
Lagrimam gotas de amor,
Orvalho de sentimentos...
Deixam cair a mim,
Afogar a alma,
Deixam rolar ao chão,
E nadar no rio de lagrimas,
E pular suas ondas,
E levar o caixote da vida, boiar em direção,
As lagrimas da despedida,
Pequenas gotas em vão...
Lagrimas da vida,
Lagrimas do meu coração.

Rosana de Sá Lara.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pérolas...

E chamavam atenção às pérolas,
Não era o vestido estampado,
Nem o cabelo arrumado, nem o sapato caro, tão pouco o brilho dos lábios...
As palavras vagas,
A paisagem disperça,
O momento sublime,
Tais pérolas preciosas...
De singela realeza,
Eterna beleza,
Focalizada entre tantas outras jóias raras,
Tudo tão perfeito,
O destino se cumprindo,
Você me sorrindo...
O olhar fixo no colar,
Envolto a mim,
Mudo nos pensamentos,
Que palavras eram aquelas?
Roubadas pelas mais lindas pérolas...

Rosana de Sá Lara.

setembro...

Setembro, eu me lembro,
Uma breve despedida.
Cruzei uma avenida,
Mês que nasci mês que deixei você partir,
Setembro de sonhos,
De desilusão,
Eu me lembro,
Seus olhos com meus,
O doce beijo,
Nossos planos,
Um simples Adeus.
Setembro...
E eu, continuo, te querendo.
Sim, eu me lembro.

Rosana de Sá Lara.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

me vou...

E pra onde vou, não sei,
Se você vem ou não,
Se te deixo,
Ou apenas te guardo comigo,
Despeço-me ou não,
Ou deixo rastro no caminho,
Se me vou por completo,
Ou deixo alguma lembrança,
Se há alguma palavra a ser dita, se te digo, ou deixo uma pista,
Se me vou, ou se fico,
 Começo, ou termino,
Se me vou sem destino,
Sigo reto, ou viro a curva,
Se há tempo, ou resta pouco, ,
 Se há mesmo um destino,
Se há felicidade não sei,
 Eu me vou mesmo assim
O que vivi, vivi,
O que deixei, deixei,
Se você é louco, não sei,
É hora de partir,
As respostas só quem tem,
Deus,
Eu me vou,
Tudo que sou,
Tudo que para traz ficou...  

Rosana de Sá Lara.

Alma

Havia amor nos seus olhos,
 Vejo seu interior, enxergo você, consigo ler seus anseios, desejos,
Inclusive os segredos,
Nos seus olhos, vejo sua alma,
Seus sonhos,
Nos seus olhos, vejo o brilho da vida, a luz, Deus, a Fe que transborda em você...
Eu consigo me ver, refletida, entre a certeza do amanha e o futuro em segredo,
Seus olhos revelam sua alma, cujas respostas cabem a Deus
Alma, resumo de vida,
Gerada em fatos escritos no destino de cada um de nos...
Que não escolhemos, aceitamos como parte de um todo, almas planejadas...
Alma minha, olhos meus,
No caminho te vi
Na alma que vivi,
Estava você me amor,
Meu eu.
Rosana de Sá Lara.

vermelhas...

Vermelhas, de deslumbrante cor, singela beleza...
Desabrochavam felicidade, perfumavam o ar,
Marcavam momento,
Deixaram saudade,
Vermelhas, tocantes,
Aquelas flores, deixadas na alma
 Substituíam palavras,  nunca ditas,
Foram expressas em pétalas,
As quais não me esqueci,
Vermelhas em meu ser,
O jardim, onde era  não sei,
Quiser eu saber,
Talvez alem das rosas,
Ficara também,
O amor deixado pra traz,
Nos espinhos, que toquei,
Se houve mesmo amor
Eu não sei.

Rosana de Sá Lara.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

pétalas

Havia pétalas no caminho,
Um caminho incerto e inseguro,
Que me levavam a você
Seguia as pétalas, e o perfume delas,
E achei que segui-las valia apena...
E o vento que soprava as espalhava, me perdi algumas vezes...
Insistentemente as seguia,
E percebi que o caminho era longo, e obscuro,
Mas trilhavam ao sucesso,
Pétalas brancas, de singela beleza,
Era impossível não segui-las...
Eu seguia, em linha reta, ao seu destino.
Confiando nos meus passos,
E quanto mais se espalhavam, La estava eu, juntando pétalas, por pétalas,
Acreditando,
Num futuro incerto,
Enfeitiçada com seu perfume,
E na intuição da alma feminina...
Da mulher esquecida,
Da saudade contida,
Pra onde elas me levariam,
E o que havia no fim do caminho,
Será que era a felicidade
Mas as pétalas não paravam de cair, como neve no inverno,
De majestosa beleza,
Pétalas brancas...
E eu de passos lentos,  
 Atenta, mas jamais desisti...
E pra minha surpresa, vi você segurando um buque,
De rosas brancas,
E eu juntando pétalas por pétalas,
Quando na verdade, todas elas me pertenciam, há tanto tempo
De brancas rosas,
A tal felicidade atingida,
De ter você ao meu lado,
Valeu apena segui-las,
Só pra não te perder de vista...
Brancas pétalas jamais esquecidas...

              Rosana de Sá Lara.

adeus ao amor...

  E eu disse adeus ao amor, o deixei ir, sem olhar para traz, simplesmente partir, eu não vi a porta de entrada, nem bati nela, simplesmente, passei direto, sem dar curvas, sem saber ao certo para que lado... Eu enxerguei o amor de frente, porque sabia que era ele desde o primeiro olhar,porque ouvi uma voz que dentro de mim dizia, siga em frente...
Eu segui em frente...  E vi e ouvi a voz de Deus.
Porque ele queria que eu aprendesse a amar...
E posso dizer, o amor nada mais e que uma condição de deus a ser feliz, na simplicidade da divisão a dois, sem o egoísmo, a prepotência de um só... Porque amar e dividir, para depois multiplicar tudo, em nome... De Jesus... E se Jesus esta ali, diante de todo o caminho... Há amor de verdade...
Rosana de Sá Lara.

Libélulas...

Libélulas...
Vão se as libélulas ao ar...
De todas as cores, de muito sol, muitos amores,
De lilás deslumbrante, libélulas...
Dentre elas você
Que jamais passou despercebido...
Por tal beleza...
Libélulas, amor,
Todas elas me fazem lembrar-se de você...
Que vão e vem ao ar, mas com destino certo...
No infinito céu azul...
Entre a nuvem branca mais alta,
Distantes...
Mas com retorno certo...
Libélula despeça do tempo...
Libélulas, libélulas, libélulas...
            
           Rosana de Sá Lara. 

Rosas brancas

Eram rosas brancas, talvez as mais lindas que já vi,
De perfume singelo,
Inesquecível,
Desabrochando amor,
Um jardim, deslumbrante,
Entre o verde da grama,
Parecia uma obra de arte raríssima,
Eu vi rosas por todos os lados,
Como nuvens brancas no céu...
Neste instante estava você no pensamento,
E as rosas só faltaram falar,
Como e gostoso te amar,
E em toda a paisagem,
La estava você amor,
De branca saudade,
No desabrochar da flor...

          Rosana de Sá Lara.